O objetivo deste projeto é mostrar como o franciscanismo combina com uma juventude cada vez mais conectada.
Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois no mesmo buraco?”(Lc 6, 39).
No Evangelho deste fim de semana, Jesus começa com uma pergunta: se é possível alguém que nada vê, ajudar a outra pessoa também cega.
Logicamente que é impossível! Somente é possível conduzir alguém ao acerto, quem está fora do erro. Como, por exemplo, é possível alguém que fuma, ajudar uma pessoa a parar de fumar.
Não tem como isso acontecer! Sendo assim, Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensina duas coisas com essa simples lição. Primeira: sempre haverá alguém maior que nós, a ponto de nos ajudar diante da nossa limitação. A cegueira, aqui no Evangelho, é algo que todos temos: a cegueira do orgulho, da inveja, da hipocrisia e da fofoca.
Há diversos tipos de cegueira. E somente quem não é “cego” de algum desses tipos de cegueira é capaz de ajudar o outro a sair dessa escuridão. Portanto, a primeira lição que temos a partir dessa indagação de Jesus é: para eu ajudar alguém eu preciso, primeiramente, estar totalmente certo.
Entretanto, qual é a pessoa que é certa em tudo ao ponto de poder ajudar alguém a sair da escuridão? A resposta seria: nenhuma. Cada um de nós carrega “cegueiras” espirituais. E isso faz com que eu não ajude o meu irmão? Logicamente você pode ajudar o outro e nesse ajudar também pode se ajudar.
Vejamos o exemplo de uma pessoa que está ajudando seu amigo a parar de fumar. Para ajudar seu amigo a parar de fumar, ela precisa, necessariamente, não fumar ou estar num processo de parar de fumar. Neste processo inclusive ela tem mais testemunho e força para ajudar seu amigo a também embarcar nessa e parar de fumar. Neste caso, os dois são fumantes?
Não, um está largando do vício e o outro está num processo de deixar de fumar e ao mesmo tempo está ajudando o seu amigo a fazer o mesmo. Sendo assim: para querer ajudar alguém eu não preciso ser perfeito, mas eu preciso estar na busca da perfeição. Para eu tirar o cisco do olho do meu irmão – que é a continuação do Evangelho de hoje – eu preciso tirar a trave que está no meu. Paz e Bem!
Frei Jhones
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